Orçamento Participativo: Um processo viciado e distorcido, esta é a realidade hoje!

Durante muitos anos o Orçamento Participativo era o espaço no qual as comunidades decidiam, em um processo democrático e transparente, onde os recursos da Prefeitura seriam investidos. Mas o que temos visto neste governo Fogaça é o descaso e enfraquecimento do OP.

Nos últimos anos, aqui na Região Partenon, as obras demandadas não tem sido executadas. A Saúde está um caos, apesar de sempre aparecer como prioridade. Também a Habitação, que sempre fica entre as primeiras colocadas, não tem recebido recurso algum. O caso da Pavimentação é emblemático: nenhuma rua asfaltada nos últimos 4 anos. Apenas a Educação tem recebido alguma verba, pois a prefeitura precisa gastar a porcentagem legal que diz respeito à SMED.

Não bastasse a falta de investimentos da Prefeitura, a Conselheira Marilia Fidel ainda passa por cima das decisões da Assembleia do OP 2008 e coloca duas prioridades da sua rua, Paulino Azurenha, em primeiro lugar. Deixando a saúde e a habitação de fora. Sendo que a região do Partenon é a que menos quantidade de obras tem gravado no Plano de Investimentos pra 2009.

Das 4 obras gravadas no PI, duas foram colocadas de maneira irregular e para beneficiar uma conselheira. Conselheira esta que tem total apoio do CAR Partenon.

O fato foi denunciado na reunião preparatória da micro Alameda do dia 27 de abril e na Plenária Regional no dia 06 de maio. Mas o circo estava montado (veja vídeo abaixo).

Na Plenária Regional, houve duas chapas, uma de Oposição, onde o Sr Nino, do Morro da Cruz e o presidente da AMOVITA, Roberto Oliveira concorreram contra a "chapa branca" encabeçada pela atual conselheira Marilia Fidel. Perdemos por 52% a 48%, mas contamos com o apoio das comunidades organizadas que ali estavam. A Chapa do governo ganhou porque convocou para o OP quem se inscreveu para o programa "Minha Casa Minha Vida". E, casualmente, quem estava "ajudando" a fazer as inscrições para o programa no CAR Partenon era a Sra Marilia Fidel.

O raciocínio é simples: As pessoas se inscreveram para o programa na esperança de ganhar uma casa e ficaram com medo de votar contra a pessoa que preencheu seu formulário. Bingo!

Se não fosse a convocação da Prefeitura para as pessoas inscritas no "Minha Casa Minha Vida", este ano o OP teria uma queda de mais de 50% da participação.

Continuaremos participando do Orçamento Participativo, mas com uma postura crítica e cobrando do governo e dos conselheiros que a vontade popular seja respeitada.



Registramos que a presença da comunidade da Vila São Judas foi expressiva, sendo a comunidade organizada que mais pessoas credenciou na plenária.