A EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) "vende" na mídia a idéia de que a população portoalegrense organizada pode participar e ajudar a construir um trânsito mais seguro. Entretanto, para além do factóide midiático da campanha na "mão" nada anda; a não ser o aumento vultuoso e contínuo dos gastos em publicidade.
A AMOVITA está desde a mais de um ano tentando "civilizar" o trânsito na Rua Nelson Duarte Brochado, que é utilizada pelos estudantes da PUCRS como entrada para o estacionamento. Reuniões e reuniões e promessas evasivas, mas a realidade que vivemos é que os pedestres estão secundarizados naquela localidade; não há faixas de segurança, a sinalização vertical e horizontal é inexistente. O resultado disso é que não há limites de velocidade. O risco à vida de crianças, adultos, trabalhadores é diário e no retorno das aulas aumenta ainda mais. A total ausência de sinalização parece partir da premissa de que não há pedestres no local. A comunidade ali existente, com mais de 2.000, moradores deve ser mera ilusão para a EPTC.
A EPTC informa que está em estudo um projeto; ocorre que essa informação é a mesma de 5 (cinco) meses atrás.
O que denunciamos aqui não é um simples esquecimento e desleixo da EPTC. A empresa pública é rápida para alguns interesses particulares. Foi assim quando desrespeitou a legislação consagrada no Estatuto das Cidades, as leis municipais, a ética e o bom senso e solicitou a remoção de 80 famílias da Vila São Judas para atender interesses particulares daquela Universidade e propor uma via que seria a maior em largura da cidade.
Vamos continuar pressionando para que nosso direito a uma mobilidade segura dentro de nossa comunidade seja respeitado!
Um comentário:
Há muitos anos os moradores da São Judas têm lutado para se manter neste que é o nosso lar,o nosso espaço, a nossa vida.Este direito esta fundamentado na costituição, não pedimos nada a ninguém, apenas queremos que nossos direitos sejam respeitados. A faculdade que nos cerca cada vez mais a cada dia, as ações da prefeitura que só visam o bem estar daqueles que possuem automóvel,nos levam a crer que os tão aclamados direitos dos cidadãos que aparecem a cada período eleitoral,não se aplicam a pessoas de baixa renda,e quando ocorre algum acidente com morte, lá estão eles a se justificarem e fazerem visitas de condolências.Trabalhar mais em prol daqueles que menos possuem, isso sim nos deixaria mais satisfeitos e talvez até passassemos a acreditar que as coisas são passiveis de transformações para melhor.
Jane Brochado
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